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A Inflação dos Valores Retidos e o Impacto no Caixa

Nos últimos anos, o setor de saúde tem enfrentado desafios significativos com a inflação. Um dos problemas mais críticos é a inflação dos valores retidos relacionados a Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME).

Esse aumento nos custos não só afeta diretamente o fluxo de caixa das instituições de saúde, como também traz preocupações sobre a sustentabilidade financeira a longo prazo.

O que é a Inflação dos Valores Retidos?
A inflação dos valores retidos refere-se ao aumento dos custos que as instituições de saúde enfrentam com materiais OPME e outros itens essenciais, mas cujos pagamentos são frequentemente adiados, seja por processos burocráticos, auditorias ou disputas com operadoras de saúde.

Esses valores retidos acabam gerando um “gap” financeiro, onde não recebe a compensação no mesmo ritmo.

Como Isso Impacta o Caixa?

  1. Pressão no Fluxo de Caixa: Quando os valores retidos aumentam devido à inflação, as instituições de saúde veem seu capital de giro ser diretamente impactado. Com um aumento dos custos dos materiais, e um atraso ainda maior nos recebimentos, fica mais difícil manter as operações em dia sem recorrer a financiamentos ou cortes em outras áreas.
  2. Aumento de Passivos: Ao ter que lidar com pagamentos crescentes de fornecedores enquanto os valores a receber são adiados, os passivos das instituições aumentam, levando a um desequilíbrio nas finanças.
  3. Redução de Margem de Lucro: A inflação nos valores retidos também reduz a margem de lucro, já que os custos continuam a subir, mas a compensação é retardada. Isso força as instituições a adotar estratégias de contenção de custos, que nem sempre são suficientes para equilibrar as contas.
  4. Desafios na Gestão de Estoque: Com a inflação, o custo de reposição dos materiais OPME se torna mais alto, complicando a gestão do estoque. As instituições podem ser forçadas a adiar compras, o que pode impactar a qualidade do atendimento ao paciente.

O Que Pode Ser Feito?

  • Negociações com Operadoras de Saúde: Manter um diálogo constante com as operadoras para tentar reduzir os prazos de pagamento e encontrar soluções que beneficiem ambas as partes pode aliviar parte da pressão no caixa.
  • Automatização e Controle de Processos: Implementar sistemas de gestão que permitam um maior controle sobre os valores retidos e o acompanhamento mais eficiente dos processos de cobrança pode minimizar atrasos.
  • Revisão de Contratos com Fornecedores: Renegociar prazos e preços com fornecedores também pode ajudar a amenizar o impacto da inflação no curto prazo.

A inflação dos valores retidos representa um dos grandes desafios para a saúde financeira das instituições de saúde em 2024.

Controlar esses valores e encontrar maneiras de mitigar os impactos no fluxo de caixa é fundamental para garantir a continuidade dos serviços e a sustentabilidade do setor.

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